Time ofensivo, mas equilibrado, acerto com o Guarani, o que disse Maurício Souza:
Em outros momentos da entrevista concedida ao Podcast “Fora do Jogo”, no Rio de Janeiro, concedida na manhã de terça-feira (10), o técnico Maurício Souza (50) falou sobre sua chegada ao Guarani, o planejamento e o processo de montagem do novo elenco.
Souza inicialmente falou sobre suas negociações com o clube: “É um motivo de orgulho muito grande, é um clube imenso, clube que a gente sabe que passa por um momento delicado, mas que, pelo que tenho visto e conversei, tem um empenho muito grande de resgatar toda a credibilidade do clube com a torcida. Uma das coisas que me motivaram muito foi o papo que tive com o executivo do clube, que é o (Rodrigo) Pastana, a gente conversou e ele me passou muita verdade na fala dele“.
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“Eu tive algumas propostas, algumas sondagens, mas eu falo que o Guarani me escolheu e eu escolhi o Guarani, porque acredito muito na grandeza do clube e nas pessoas que estão lá também, no que tem sido planejado pra esse clube estar novamente no lugar que merece“.
O treinador falou sobre separar o ano de 2024 do seu trabalho, que considera um recomeço: “Eu vivo o dia a dia, não me preocupo com o que falam, me preocupo muito com o que eu controlo, e o que eu posso fazer, o que eu posso entregar. O que passou, pra mim passou, nós temos que andar pra frente, o que eu tenho certeza é que, com tudo o que eu conversei, com todo o mundo com quem conversei, principalmente com o Rodrigo (Pastana), e tudo o que ele me passou, eu tenho certeza que é um clube sedento pra que a história seja reconstruída e ela passa por mim também, com a minha ajuda“.
“Estar num clube desse tamanho, sabendo da importância que você pode ter, é gratificante, isso foi o principal motivo pra eu ter optado. Sei que não foi um ano fácil, sei que é um clube que tenta se estruturar pela grandeza que tem. É normal que a torcida fique impaciente porque já viveu grandes momentos, mas eu não carrego nada comigo, não me ligo em redes sociais, gosto de viver o que eu posso fazer, o meu dia a dia, o meu controle, e o que eu posso fazer é passar todo o meu conhecimento, tudo o que eu aprendi, o que eu busquei nesse tempo todo que sou treinador, para que ajude realmente a fazer um ano brilhante“.
“Temos interesses, e o principal deles é voltar à Série B do Campeonato Brasileiro em 2026“.
Sobre o quanto um bom trabalho no estadual pode ajudar na sequência do trabalho para a Série C, Maurício Souza considerou: “A camisa do Guarani é muito pesada, e sem dúvida, se a gente fizer uma boa campanha no Paulista, isso vai atrair (jogadores), porque acabou resgatando a confiança no trabalho do próprio jogador. O Guarani hoje é extremamente organizado, em questões financeiras não é como já foi no passado, mas é um clube que financeiramente honra tudo com o que se compromete e claro, fazendo uma boa competição credencia você a montar equipes ainda mais fortes“.
“Estou muito confiante, sei que não vai ser um trabalho fácil, vai ser árduo, mas eu estou muito confiante por tudo o que estamos montando e conseguindo elaborar, não só como comissão, mas como clube. O empenho que eu tenho visto do clube em tentar entregar o melhor pra gente, eu estou muito confiante e adoro esses desafios”.
Sobre estilo de jogo, ele adiantou como pretende organizar seu time: “Eu sempre pauto as minhas equipes no equilíbrio, porque um jogo tem várias nuances e nem todas você controla. Quando uma equipe é equilibrada, ela sabe se defender em todos os blocos e atacar, o primeiro ponto é ser equilibrado. Minha vertente sempre foi de uma equipe ofensiva, eu nunca gostei de ter um time em bloco baixo, mas entendo que minha equipe tem que saber se comportar em bloco baixo, o que a equipe não pode fazer, de forma nenhuma, é descompactar, não adianta querer pressionar uma equipe, descompactar e favorecer o jogo do adversário“.
“Eu vou pro Guarani com o intuito de ser protagonista, de ter a bola, de propor o jogo, mas entendo que, em determinados jogos, e não quero dizer contra as equipes grandes, mas em jogos isso não será possível por vários fatores. Não sendo possível eu não posso sentar e chorar, tenho que jogar, se eu tiver que baixar os blocos, que seja uma equipe agressiva, que tente retomar o bloco alto, que seja uma equipe muito organizada“
“Sou ofensivo, eu vou tentar dar ao Guarani um protagonismo de jogo e fazer ele entender todas as fases e momentos de jogo. Para diferenciar o jogador bom, ele é o jogador que consegue jogar entendendo o que está jogando, o que ele está fazendo, uma equipe pra poder atacar tem que saber como ela está sendo marcada e pra defender, tem que saber como está sendo atacada, existem muitas situações de jogo que não conseguimos treinar, é importante pautar no equilíbrio pra que a equipe saiba, nestes momentos, tenha sabedoria pra saber como ela deve atuar“.
Na próxima postagem abordaremos o que o treinador disse sobre sua atuação no processo e a montagem do novo elenco Bugrino. Abaixo você ouve a íntegra das declarações retiradas de um total de praticamente 2 horas de duração.
Marcos Ortiz