Caso Chay: O Guarani tem um elefante na sala e precisa resolver urgente
O meia Chay foi talvez a contratação mais celebrada pelos Torcedores do Guarani no início da temporada 2024. Vindo por empréstimo junto ao Botafogo-RJ, com passagens recentes por Cruzeiro (2022) e Ceará (2023), todos se lembraram imediatamente da grande temporada do atleta na Série B de 2021, quando comandou o clube carioca para o acesso e o título da competição.
A empolgação porem, se transformou numa das maiores decepções recentes com a pouca produção do atleta em campo no Campeonato Paulista. Chay esteve em campo apenas seis vezes pelo Bugre, duas como titular, e recentemente o técnico Claudinei Oliveira revelou, em entrevistas que, após sua última partida, o empate em casa contra o Santo André, o atleta, por não estar contente com as críticas recebidas das arquibancadas, pediu para não ser relacionado para o confronto seguinte, o importante duelo fora de casa contra a Portuguesa.
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“A direção te como objetivo realocar o Chayno mercado… isso hoje. Ele recebeu sondagens e a posição da direção é que ele está disponível no mercado. Temos três meias, Luan, Bruno Oliveira e Gustavo França fazendo várias funções. Estamos bem servido de meias, mas se o Chay não sair não tem nenhum problema pra mim“, complementou Claudinei, em entrevista a Rádio CBN Campinas.
Pois bem, encerrada a janela de exceção que permitia a transferência de atletas que tivessem disputado campeonatos estaduais, Chay e seus representantes não aceitaram nenhuma das propostas que chegaram, conforme revelou o Superintendente de Futebol Danilo Silva em entrevista coletiva:
“Nós conversamos internamente com ele e ficou muito claro para o Chay o que poderíamos fazer. O posicionamento do clube foi passado a ele, deixamos aberta a possibilidade de ele seguir em outro clube, mas acabou não se concretizando. Chegaram até nós algumas sondagens sobre ele, mas acabou não concretizando por parte do atleta. Fui muito claro que, no momento, não iríamos inscrevê-lo, ele chegou através do Juliano (Camargo), que estava aqui no momento, todos esperavam muito dele, tínhamos grandes expectativas no atleta, mas não aconteceu, ele não veio desempenhar o que era depositado nele no Paulista. A conversa foi aberta com ele e essa foi a posição tanto da presidência, quanto do Departamento de Futebol“, declarou o dirigente.
Fato é que Chay tem um dos maiores salários do elenco, tem contrato com o Guarani FC até dezembro de 2024 e hoje é um verdadeiro “elefante na sala”. Por mais que, como torcedores, não aceitamos a postura do jogador em pedir para não ser relacionado para um jogo importantíssimo na briga contra o rebaixamento, por não concordar com as críticas que vinha recebendo, também não podemos aceitar a postura amadora dos dirigentes do Guarani que, diante do fato, sem ter nenhuma negociação concretizada, simplesmente liberaram o jogador dos treinamentos por mais de 20 dias, para que ele procurasse outro clube.
Agora Chay, que é atleta do Guarani, terá que ser reintegrado ao elenco e, por todo seu histórico recente, má condição física, técnica e tática, depois de tanto tempo sem treinar, sequer tem condição de pleitear uma vaga no time, ou no banco de reservas. O Guarani e sua estrutura servirão de Spa para o atleta se recondicionar ,e, quem sabe um dia, voltar a jogar futebol.
Para quem prega uma postura profissionalizada em todos os seus departamentos, não poderia haver decisão mais amadora, parecia óbvio que o jogador poderia não aceitar nenhuma das ofertas que receberia, e que, diante disso, deveria ter permanecido em treinamento e condicionamento físico e tático, afinal, um dos maiores salários do orçamento estará sendo desperdiçado durante a maior parte do Campeonato Brasileiro da Série B, em uma posição onde todo o mercado tem dificuldades em contratação, a meia.
Que elefante caro este.
Marcos Ortiz