Opinião: Na lanterna da Série B, Guarani aposta em tentativa e erro para sair do buraco
A campanha do Bugre na Série B não precisa de muita análise, são 14 jogos e apenas uma vitória. Em 42 pontos o Guarani conquistou apenas 6, somando mais 3 empates.
Dentro de campo o time justifica a posição, com o segundo pior ataque, marcando apenas 10 gols, e a segunda pior defesa, sofrendo 23 gols, não há como pleitear coisa melhor na competição nacional.
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E nesta caminhada de derrotas e derrocadas, o Torcedor Bugrino acompanha decisões no mínimo questionáveis anunciadas seguidamente. Vamos listar algumas:
O clube começou a temporada com Umberto Louzer, treinador que vinha com o cargo abalado depois da péssima, e até hoje inexplicada, reta final da Série B e o treinador durou apenas 6 jogos no Campeonato Paulista, conquistando apenas 4 pontos, foi substituído por Claudinei Oliveira que, com 5 jogos, conquistou 6 pontos, o suficiente para evitar o rebaixamento.
Claudinei Oliveira recebeu de presente 40 dias de preparação e remontagem do elenco entre o Paulista e o Brasileiro e o Torcedor acompanhou atônito uma montagem de elenco mantendo a grande maioria dos jogadores. Foram ao todo 9 contratações e 19 manutenções.
Passados 40 dias, entre eles dois jogos treino realizados e 2 empates, um por 0x0, outro por 1×0, com Água Santa e São Bernardo, veio a estreia no Brasileiro e, apenas 5 dias, após duas rodadas, Claudinei Oliveira não servia mais, mas a pergunta é: Os mais de 40 dias de preparação não eram suficientes para tal decisão?
A saída de Claudinei fez a diretoria apostar num comandante inexperiente. A chegada de Júnior Rocha plantou um enorme ponto de interrogação na cabeça do Torcedor, e ele durou exatos 7 jogos, conquistando apenas 4 pontos. Sua saída levou o Guarani ao comando interino de Marcelo Cordeiro por duas rodadas, com 1 derrota e 1 empate, e chegou Pintado.
Perfil completamente diferente do antecessor, Pintado é mais experiente e traz conceitos de comando de vestiário completamente diferentes, mas o que chama atenção é que, em 3 jogos, conquistou apenas 1 ponto, sendo dois deles disputados em casa.
Tentativa e erro também no comando do futebol
Não é apenas no banco de reservas, no comando do futebol o Bugre também promoveu mudanças. Ainda durante o Paulistão, Juliano Camargo foi demitido, levando Danilo Silva à função de Superintendente de Futebol. Inexperiente, Danilo recebeu o “auxilio” de um executivo de futebol, Toninho Cecílio foi contratado para tratar das negociações, e também administrar o vestiário… durou apenas 2 meses, ou 10 jogos.
Se voltarmos apenas dois meses no tempo, Lucas Drubscky pediu demissão do cargo no final de novembro, com perfil completamente diferente de Juliano Camargo, e mais ainda, de Toninho Cecílio ou Danilo Silva.
Em um período de 8 meses o Bugre viu passar 2 Superintendentes de Futebol, 1 Executivo de Futebol, 1 CEO com autoridade no futebol, 3 treinadores e 2 técnicos interinos. Só uma coisa não mudou, o time não ganha de ninguém.
Foram ao todo 10 pessoas diferentes, Ricardo Moisés, Lucas Drubscky, Juliano Camargo, Danilo Silva (o único que permanece, ao menos por enquanto), Umberto Louzer, Rodrigo Leitão, Claudinei Oliveira, Júnior Rocha, Marcelo Cordeiro (auxiliar remanescente) e Pintado, e o trabalho dessas 10 pessoas trouxe ao Guarani apenas 16 pontos em 26 jogos, 78 pontos disputados e apenas 16 conquistados, um aproveitamento de 20,51%.
Qual é o único ponto em comum e remanescente de todo esse catálogo de incompetência e fracasso? André Marconatto e seus 6 companheiros de Conselho de Administração.
Essa é a grande “máquina de moer gente” instalada no Brinco de Ouro da Princesa. Que venha o próximo, o problema é que o próximo é o Torcedor Bugrino, condenado à chacota pública.
Parabéns CA!
Marcos Ortiz