Há cerca de 10 dias da estreia, Guarani negocia Régis com concorrente da Série B
Vários perfis de jornalistas em redes sociais e portais traziam a informação logo pela manhã, e no início da tarde, em nota oficial, o Guarani FC confirmou a negociação envolvendo o meia Régis e o Goiás EC, equipe que também disputará o Campeonato Brasileiro Série B.
Segundo a nota oficial, o clube negociou o jogador, portanto o Goiás pagará ao Bugre pelo atleta.
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Esta foi a segunda passagem de Régis pelo Guarani. Na primeira, em 2021, principalmente na Série B, o jogador ganhou o carinho dos Torcedores. Um dos responsáveis pela campanha que por pouco não levou o Bugre de volta à elite do futebol brasileiro, Régis era protagonista com grandes atuações, muita vontade, gols e assistências.
A saída do jogador deixa algumas perguntas que merecem ser respondidas:
1 – Em que circunstância aconteceu a negociação? O Goiás procurou o Guarani e formalizou uma proposta, ou procurou o atleta?
Esta resposta é fundamental para entender o contexto. Se o Goiás procurou diretamente o Guarani FC para uma negociação, o clube não enxergava em Régis o potencial necessário para a disputa da Série B? Se o clube goiano procurou o atleta, apresentou-lhe uma proposta, o Guarani FC conseguiria manter o atleta?
2 – Como fica o planejamento do elenco Bugrino e a estrutura de trabalho do técnico Claudinei Oliveira?
O treinador teve duas semanas de preparação, formatação tática e de conceito de jogo, e pra isso contava com o elenco que tinha à disposição. Agora, cerca de 10 dias antes da estreia da equipe, a saída de Régis não trará uma lacuna no elenco e na proposta de jogo pensada pelo treinador?
3 – Claudinei Oliveira foi consultado sobre a negociação?
Se foi e acenou positivamente por ela, a saída de Régis é um gesto pensado e planejado inclusive pela comissão técnica, mas se não foi, a saída de Régis pode trazer a ele e sua equipe, uma falha total e um desperdício de tempo e trabalho nestes cerca de 15 dias entre a apresentação do elenco e a saída do jogador.
Fato é que, pelas fotos divulgadas pelo clube, Régis foi titular no jogo treino disputado e que terminou com o placar de 0x0, com o Água Santa no último sábado, e mais, iniciou a atividade como capitão Bugrino, pois é ele quem aparece na foto divulgada do momento do sorteio de lado de campo, antes do início da partida.
E o Guarani que até agora recebia elogios pelo planejamento de elenco por setores, principalmente no meio e campo onde tinha 6 volantes e 4 meias, e temos que lembrar que nos bastidores também é dada como certa a saída de Chay, jogador que já estaria negociado pelo Botafogo-RJ com o Paysandu (outro adversário Bugrino na Série B), da passos gigantescos para trás neste mesmo planejamento ao ver dois dos quatro meias de seu elenco deixarem a equipe faltando pouco mais de uma semana para a largada da competição nacional.
Com a saída de Régis, e confirmada a saída de Chay, o Bugre volta a ter apenas dois meias, os recém contratados Bruno Oliveira e Luan Dias, e com isto, Claudinei Oliveira, caso opte por iniciar as partidas com os dois atletas, terá apenas Gustavo França, atacante que também atua pela meia, como opção no banco de reservas.
A saída de Régis precisa ser muito mais do que confirmada, como foi, precisa ser esclarecida pelos dirigentes Bugrinos, sob pena de ter o Guarani e o técnico Claudinei Oliveira, um retrocesso na preparação, planejamento e estruturação do seu conceito de jogo.
Aguardamos, mesmo sabendo que ninguém falará nada pelo clube, e agora esperamos, ainda que já constatado o prejuízo de tempo de preparação e treinamento, a reposição à altura para esta(s) saída(s). Com a palavra os dirigentes Bugrinos.
Marcos Ortiz