Corinthians 2×1 Guarani, dois erros, uma cochilada e bye bye vitória
É, a partida contra o Corinthians ainda está na nossa cabeça… o gol marcado logo no primeiro minuto por Bruninho deixou o Torcedor Bugrino com um gosto bom demais na boca,o sabor da vitória, que aos poucos foi se transformando em aflição e terminou com tristeza pela virada sofrida.
O time, mesmo com as mudanças feitas por conta das lesões musculares ,alias lesões que precisam ser explicadas pelo Guarani FC, teve um começo de jogo muito bom, não apenas por ter marcado o gol no primeiro lance da partida, mas porque, a partir do gol, mostrou ao Corinthians que estava pronto pro contra ataque. O Bugre abriu o placar, deu a bola ao adversário, mas avisou, tô aqui, se abrir eu vou… e o Corinthians abriu, pena que não tomou.
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O gol do Bugre foi muito bonito, começou com um belo lançamento para Diogo Mateus na direita, o lateral chegou em velocidade e da lateral da grande área cruzou consciente para a entrada da pequena área, Nícolas Careca tentou de bicicleta, mas a bola passou até Bruninho, que dentro da pequena área, pelo lado esquerdo, chegou dominando de esquerda e já ajeitando pra perna direita e batendo forte, sem chance de defesa para Cássio. Um belo gol do Bugre.
Durou cerca de 30 minutos, a partir daí o Guarani passou apenas a se defender, não subia mais a marcação e via o adversário cruzar muitas bolas para a sua grande área e vez ou outra chutar da entrada da área levando perigo a Kozlinski, que alias fez uma grande defesa num lance idêntico ao do primeiro gol corintiano. Só que aos 47 minutos, faltando 1 minuto pra acabar a primeira etapa não deu, outro cruzamento vindo da direita, Renato Augusto sem a marcação de Diogo Mateus recebeu dentro da grande área pela esquerda, ajeitou a bola com liberdade e cruzou para Roger Guedes no segundo pau, Jamerson falhou, a zaga não apareceu e o camisa 10 sozinho, só teve o trabalho de tocar pro fundo do gol de Kozlinski.
O Bugre desceu pro intervalo com o gol na cabeça e voltou com a mesma postura no reinício da partida, espaços, liberdade e posse de bola total pro Corinthians que custaram caro novamente. Aos 06 minutos a jogada surgiu outra vez pela direita, Fagner e Giuliano trocaram passes com liberdade e o meio campista cruzou para a área do Guarani,Yuri Alberto apareceu livre para cabecear, mas não conseguiu, apenas desviou a bola, que sobrou livre para Fábio Santos em mais uma cochilada de Diogo Mateus que não viu o lateral esquerdo chegando nas suas costas,e ele chegou batendo de perna esquerda marcando o gol da virada. Em 7 minutos de bola rolando o Corinthians virou o placar,em cerca de 20 minutos de cochilo do Guarani em campo, a vitória escapou.
O Corinthians deu a bola ao Guarani, a diferença é que o Bugre não conseguiu ter velocidade e penetração,mas ainda assim teve boas oportunidades, Bruno Michel de cabeça quase marcou num belo cruzamento de Bruninho pela direita, Jenison teve outra oportunidade de cabeça pela esquerda e Cássio espalmou,no rebote o jovem Rafael pegou o rebote, mas chutou em cima da marcação. O próprio Jenison teve outra chance de cabeça e acabou recuando a bola pro goleiro Cássio,e no finalzinho Rafael fez uma grande jogada pela esquerda, invadiu a grande área em velocidade e rolou a bola pra Neilton livre na entrada da pequena área, ele chegou chutando, mas foi travado, e o Bugre desperdiçou sua última chance na partida.
Final de jogo em Itaquera, Corinthians 2×1 Guarani. Lições? Muitas… mas a maior delas é que o Guarani precisará investir na contratação de um meia armador não apenas para jogar na ausência de Giovanni Augusto como para jogar até mesmo ao lado do meia lesionado, os laterais Bugrinos precisam se aprimorar na marcação, ou o treinador precisa encontrar um sistema de jogo capaz de melhorar a defesa pelas laterais.
A principal constatação ao final da partida é que falta ao Guarani um atacante finalizador,um jogador que saiba tocar a bola pras redes. Nícolas Careca, destaque na partida contra o Santos, infelizmente tem comprovado que aquilo foi apenas um lampejo e Jenison, pesado e fora de ritmo de jogo, não faz cocegas ao adversário. Derek, outra opção,está lesionado… resta ao técnico Mozart Santos finalmente dar uma oportunidade real ao jovem Filipe Crhisman, sob pena de jamais sabermos o potencial deste atleta promovido das categorias de base.
E falando em base alias, parabéns ao jovem Rafael que mesmo jogando torto, pois é atacante de lado direito e entrou pelo lado esquerdo,foi o jogador mais agudo do ataque Bugrino em toda a partida. Théo, Nicão e Crhisman também merecem oportunidade, mas precisam jogar nas suas reais posições.
E pra finalizar, o que está acontecendo com a questão muscular dos atletas Bugrinos? Ao final da quarta rodada já são quatro atletas lesionados (Derek, Giovanni Augusto, Bruno José e Nícolas Careca). Será consequência de uma folga injustificada de 9 dias na reta final da pré temporada quando os jogadores foram dispensados no dia 23/12 e só se reapresentaram no dia 02/01? Fato é que dos 23 atletas contratados pelo Bugre,apenas 19 estão à disposição do treinador,um deles, Neilton, ainda precisando de aprimoramento físico.
É, resta ganhar do Botafogo, mas também é fora de casa e a pergunta é inevitável, qual será o espírito do time Bugrino? Será o das partidas contra Santos e Corinthians, ou a sonolência das partidas contra Santo André e Ituano? Como sugestão, é só imaginar que o Botafogo é o São Paulo, afinal os uniformes são idênticos…
Marcos Ortiz