Guarani x Goiás: O foco nosso de cada jogo nos dai hoje

Guarani x Goiás: O foco nosso de cada jogo nos dai hoje
Foto; Thomaz Marostegan/Guarani FC.

Se a gente olhar pra trás vai ver tanta coisa, mas tanta coisa que nos aconteceu… poucas boas, muitas ruins, aconteceu muita coisa mesmo.

O ano de 2009 parecia marcar o ressurgimento do Guarani. O acesso conquistado dentro de campo pela equipe do Vadão parecia ser um marco, daqui pra trás, daqui pra frente, afinal, o Guarani jamais havia passado tanto tempo, longos cinco anos, fora da Série A do Campeonato Brasileiro, e a Torcida cantava; O Campeão Voltou, com muito orgulho.

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Saguão de aeroporto lotado, recepção jamais vista em Campinas pra uma equipe de futebol, carreata, festa no gramado e nas arquibancadas do Brinco, culminando com a estreia da Capa do Gigante, uma bandeira gigantesca, do tamanho do orgulho que todos temos de torcer pro Bugre.

Mas não durou, chegou 2010 e, desde o início da temporada, a gente viu que as coisas não estavam bem. Restava ao Guarani conquistar o acesso no Paulistão e pronto, a honra estava reconquistada. Tão perto, tão ao alcance. Nada disso, tão longe ao mesmo tempo… o sonho do acesso virou pesadelo, brigamos pra não cair na Série A2. Escapamos.

Então chegou a hora de voltar pra Série A, ano que vem a gente sobe no Paulista e pronto! Um começo avassalador, vitórias importantes, time demonstrando muita vontade em campo. Antes da paralisação para a disputa da Copa do Mundo o Bugre era quinto colocado no Brasileirão, três vitórias, três empates e uma derrota… posso parar por aqui? O final todos conhecemos, 13 jogos sem vencer na reta final da competição, e na antepenúltima rodada, ao perder para o Flamengo por 2×1, fora de casa, o Bugre estava rebaixado.

De lá pra cá nossas alegrias foram grandes, um vice campeonato Paulista em 2012 marcou a última grande participação Bugrina num campeonato de elite, mas atingimos marcas pequenas, importantes demais, mas pequenas. Conhecemos a Série C do Campeonato Brasileiro por longas quatro temporadas (2013, 14, 15 e 16), e a Série A2 do Paulista por outras longas cinco temporadas (2014, 2015, 2016, 2017 e 2018). Subimos na Série C com mais um vice campeonato, subimos no Paulistão com um título da Série A2, orgulho sim, mas isso apenas nos recolocou em um dos nossos lugares, a Série A1

Pra que lembrar de tudo isso? Pra lembrar todos nós da importância daquilo que o Guarani pode conquistar nos próximos dias. Talvez a maioria dos nossos atletas e integrantes da comissão técnica não tenham noção do que passamos, talvez por isso, seja preciso lembrar tudo isso aqui, pra gente entender que um objetivo está acima das nossas convicções, o objetivo é o objetivo.

O acesso parece tão perto, mas ainda não é real, é realidade, é possibilidade, só depende da gente, mas ainda falta um pouco, que parece muito. Faltam dois jogos, pode faltar um só, mas faltam dois jogos dificílimos, e nós não podemos perder esse foco. É jogo a jogo, só ao final de cada jogo a gente faz as contas e vê o que precisa. Hoje a gente precisa ter foco!

Torcedor mostra foco acreditando, mostrando apoio, incentivando, comprando ingresso pro próximo jogo, que será o último do ano no Brinco, e no dia do jogo, antes e durante a partida, cantando o tempo todo. Esse é o combustível e esse tem que ser o nosso foco, jogo a jogo.

E lá dentro, lá nos vestiários, nas salas de trabalho, nos gabinetes e nos campos de treino e de jogo, todos mostram seu foco entendendo a importância dos próximos dias e feitos para o GUARANI FUTEBOL CLUBE. Faltam dois jogos, concordo totalmente com o discurso de “ainda não ganhamos nada”, mas juntos, cada um fazendo a sua parte, podemos ganhar, juntos!

Depois sim, depois a gente explode, canta, dança, chora, grita, se explode de tanta felicidade, mas até isso acontecer, só o foco, a fé, a força e a união de todos, Torcedores, atletas, comissão, funcionários e diretoria, poderão nos levar ao último degrau que falta; Voltar à Série A do Campeonato Brasileiro depois de longos 11 anos. Sim, você leu direito, em 2009 o Guarani nunca havia passado tantos longos cinco anos fora da elite, hoje já são 11, e isso pode acabar agora.

Depende de mim, depende de você, depende dos atletas, comissão técnica, funcionários e dirigentes. O sonho pode se tornar real, breve saberemos, até lá a gente só pode sonhar, acreditar e fazer a nossa parte pra transformá-lo em realidade! Vamos juntos? Todos nós somos importantes!

Marcos Ortiz