Arbitragem 2×2 Guarani, e a sensação de impotência diante de um roubo em Goiânia
Uma arbitragem ruim erra para os dois lados, uma arbitragem mal intencionada, erra para um lado só. CBF, descreva a arbitragem de Vila Nova x Guarani, por favor? Eu só encontro uma palavra que possa ser publicada; VERGONHOSA! Todas as outras são impublicáveis!
Vamos falar de Vila Nova x Guarani… mas o pior, vamos repetir discursos que já fizemos tantas e tantas vezes, e constatar que a moral do futebol brasileiro que de fato nunca existiu, acabou! O que será feito pra reparar o prejuízo do time que hoje deveria ser o quarto colocado, ver seu sonho se aproximar da realização, mas acordou na sétima colocação?
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É preciso contextualizar primeiro que tudo isso poderia ter sido evitado, se dentro de campo o Guarani tivesse jogado bola na maior parte do tempo de jogo, o que não aconteceu. Foram mais de 60 minutos de bola rolando em que o time pouco, ou nada fez, e isso é inaceitável, ninguém joga uma decisão no nível de futebol apesentado pelo Bugre até que as substituições fossem feitas, mas como dizia o “profeta”, o jogo só termina quando acaba.
No domingo nós vimos uma operação bem orquestrada entrar em campo em Goiânia. Ao entrar em campo para disputar a partida, e somente naquele momento, o Guarani foi informado que o VAR não estava funcionando. Isso é inaceitável, jogar com ou sem a presença da arbitragem de vídeo é completamente diferente, interfere até na preleção, na conversa, e na preparação individual de cada atleta, mas eu preciso relembrar algumas situações, antes de falar do roubo de Goiânia.
Como todos sabem, estive no Guarani até a partida Goiás x Guarani, penúltima rodada do primeiro turno da Série B, e acompanhei todas as partidas ali, da beira do campo, atrás do gol adversário. Conheço a forma como os árbitros e assistentes falam e agem, conheço como os adversários atuam na marcação, enfim, o futebol pra mim não será nunca mais o mesmo daquele visto de uma arquibancada. Dentro do campo vivemos uma coisa completamente diferente.
Segundo, uma das primeiras cosias que disse quando a CBF decidiu implantar o VAR na Série B apenas no returno da competição, fui amplamente contrário. Mudaram a regra com a bola rolando, não existe, num país sério, um campeonato disputado metade com VAR, metade sem VAR. E mais, se o VAR é parte do regulamento, uma partida não pode acontecer sem que ele esteja funcionando, isso é isonomia, uma partida que valha pela mesma competição, não pode acontecer sem VAR, enquanto outra tem VAR. Alguém já viu um jogo começar sem a presença de um dos bandeiras? Sem o quarto árbitro? Então ela também não pode acontecer sem a Arbitragem Auxiliar de Vídeo, depois de implantado, o VAR é obrigatório.
Dentro do campo eu vi o Guarani ser prejudicado contra o Palmeiras no Campeonato Paulista, quando o VAR, e só ele viu, impedimento de Davó no gol que daria a vitória ao Guarani. Dentro do campo, sem VAR, eu vi o Goiás (coincidência né, em Goiânia também), no primeiro turno, marcar seu segundo gol em uma jogada de impedimento. Já pela TV, eu havia acabado de sair do clube, vi o atacante Rafael Navarro ajeitar a bola com o braço na disputa dentro da grande área, e marcar o gol da sua equipe, sem VAR.
Eu poderia citar vários lances em que, mesmo com a atuação do vídeo, os lances prejudicaram o Guarani, mas vou ficar apenas nos dois últimos. Guarani no ataque contra o Vasco, no Brinco, Bruno Sávio recebe a bola, na segunda etapa, dentro da grande área, e é calçado. Pegou a bola? Não pegou? O VAR sequer foi usado pelo árbitro, que preferiu usar o recurso para rever o lance em que Cano empurra Bidú pelas costas e também desloca seu braço em direção à bola, e marcar uma penalidade para o Vasco. O que aconteceu todos ainda nos lembramos.
Vila Nova x Guarani. Vila Nova brigando contra o rebaixamento, Guarani brigando para ultrapassar o Goiás e chegar à quarta colocação (ambos goianos), esse jogo merece uma arbitragem consistente, afinal, no último jogo, pra “tentar salvar o Vasco”, a CBF escalou dois dos seus principais árbitros, o tal Leandro Pedro Vuaden, que por muito pouco não “executou o serviço”, e no VAR estava Jean Pierre Gonçalves Lima, mas não, para a partida foi escalado o trio tinha Douglas Schwengber da Silva, Lucio Beiersdorf Flor e Maíra Mastella Moreira, todos do Rio Grande do Sul. Árbitros de primeira linha, senhores?
E o que a arbitragem fez foi ABSURDO! Reconhecendo a péssima atuação do Guarani, o Vila Nova abriu o placar num gol legítimo, uma falha de Thales na saída de bola, um presente, e gol, no finalzinho do primeiro tempo, até ai, decisão da bola, que puniu quem não jogou. Na volta do intervalo a cirurgia começou, aos 02 minutos Clayton recebeu a bola completamente impedido, rolou pra trás, e Alesson marcou o segundo gol dos goianos. Até a comentarista de arbitragem do Premiere/SporTV viu a irregularidade, mas o auxiliar Lucio Beiersdorf Flor não viu, o árbitro então, nem pensar…
Que bom, de repente o Guarani começou a melhorar, foi depois das substituições, e Andrigo fez uma grande jogada dentro da grande área, costurou quase toda a defesa do Vila Nova e rolou a bola pra Mateus Ludke diminuir o placar e recolocar o Bugre no jogo, isso aos 24 minutos. Nossa, aos 32 Andrigo cobrou escanteio e Lucão do Break marcou de cabeça, Vila Nova 2×2 Guarani, e 10 minutos de futebol foram suficientes pro Bugre acabar com a vitória do Vila Nova, agora dá tempo de virar, e deu.
Aos 38 minutos Mateus Ludke cruzou e Lucão do Break se antecipou ao zagueiro para marcar o gol da virada. A imagem fala por si, gol legítimo do Guarani, que uma assistente, 3 metros atrás da linha da bola anulou por impedimento. Maíra Mastella Moreira é o nome dela, segundo o Superintendente de Futebol do Guarani, Michel Alves, estava chorando após o jogo e teria reconhecido o erro, mas adianta do que? A CBF apenas vai afastá-la, provavelmente multá-la, e o Guarani continua sendo sétimo, quando deveria ser quarto colocado na Série B.
Repito: Uma arbitragem ruim erra para os dois lados, uma arbitragem mal intencionada, erra para um lado só. CBF, descreva a arbitragem de Vila Nova x Guarani, por favor? Eu só encontro uma palavra que possa ser publicada; VERGONHOSA! Todas as outras são impublicáveis!
Marcos Ortiz